segunda-feira, 3 de maio de 2010

Expectativas! O bem que pode fazer mal!

Bom, hoje acordei com vontade de escrever, mas sem ter o que escrever. Quer dizer, não tinha um tema legal e aí resolvi perguntar a uma amiga uma sugestão. E gostei bastante da idéia, ela me sugeriu que escrevesse sobre expectativa. Já parou pra pensar sobre o que é a expectativa? O que ela faz conosco? E quais as conseqüências que elas podem deixar em nossas vidas? Não? Nem eu... até hoje. Segundo o dicionário expectativa é a esperança fundada em promessas, viabilidades ou probabilidades. Olha, eu trabalho com probabilidade e vou dizer pra vocês, a coisa é bem mais complicada do que se imagina.

Mas eu precisava de material para escrever e resolvi soltar a palavra no Google, o senhor da sabedoria, saíram coisa inimagináveis, inclusive um texto que dizia: “Esperar qualquer coisa, seja dinheiro, reconhecimento, afeto, atenção, etc. É o primeiro passo para a frustração que é a semente da infelicidade e neuroses. Fora que reforça nossa dependência.”. E pensei, “Yes, tem alguém ainda mais louco do que eu”. Sério, semente da infelicidade, reforça nossa dependência? Olha, nós temos sim que ser realistas, mas pessimistas? Será que a expectativa é algo tão ruim assim, do tipo que se você tem expectativas quanto ao seu futuro, você é um dependente, mas de que? No final das contas, eu terminei de ler o texto lá e a autora resolveu pular de expectativa para carência, então nem vale a pena ficar falando muito disso.

Vamos ao que interessa, analisar a expectativa. Vou me prender à expectativa em relação à relacionamentos, à pessoas, esse universo caótico de sentimentos. É muito engraçado como as leis de Murphy atuam nesse campo. Veja bem, quando temos o big evento no final de semana, nós fazemos todo aquele preparativo, compramos roupas novas, vamos ao salão, fazemos tudo o que temos direito, unha, cabelo, depilação, e tudo o que é possível fazer. E já esperamos que o lugar esteja cheio de gatinhos, que vão chegar na gente, e que vamos conhecer O CARA! Aí nosso grande amigo, pelo menos meu companheiro inseparável, Murphy, chega para nos dar uma mãozinha! Primeiro, assim que chegamos o lugar está infestado por aquelas pragas que parecem disseminação da dengue, as piriguetes. Com aquelas roupas minúsculas,isso quando vestem alguma né? E um bando de pirralhos, calouros, louco de bêbados. Daí você me pergunta, que diabo de big evento é esse que você foi? Poxa gente, infelizmente parece que todos os lugares foram tomados por esse tipo de gente, não é culpa minha! Mas voltando, aí você entra na festa, a música não ta boa, a bebida ta quente e até encontra uns caras bonitinhos, mas o clima ta tão ruim que você perde toda a vontade de continuar naquele lugar. Broxante! E a outra situação, é quando você não espera nada daquele lugar, e coisas mágicas acontecem, você conhece um cara legal, a música é legal, o clima é ótimo, e tudo se encaixa perfeitamente.

Aaaah, então o negócio é não ter expectativas? Bom, talvez... mas devo dizer, que nunca vamos deixar de ter expectativas, à não ser que deixemos também de ser pessoas esperançosas. Por exemplo, quando a expectativa é em relação ao próprio envolvimento de duas pessoas, nós conhecemos e ficamos com um cara, fazemos todos aqueles planos, imaginamos um relacionamento lindo, e aí a praga vem e caga tudo! E mesmo assim temos que continuar tendo a esperança fundada em promessas, viabilidades ou probabilidades? Calma, calma, vamos por partes! O que nós temos que aprender a fazer, é controlar esse impulso de imaginar demais, esperar demais, porque o excesso é o problema, não é o que esperamos, é como esperamos. Você já percebeu como nós fantasiamos demais? A gente até cria uma historinha imaginária sobre as coisas, por exemplo, naquele big evento que eu falei lá em cima, olha a historinha: “Bom, eu vou chegar lá, bem linda, e quando entrar vou dar de cara com um gatinho, nós vamos trocar olhares, mas nada vai acontecer de início. Vou até o bar, pegar uma bebida, e dançar um pouco com as amigas. Quando for no banheiro, ele vai tentar fazer uma abordagem, e aí vamos ficar, e ser felizes para sempre”. Eeeeepa!! Vai com calma aí amiga! A não ser que o seu nome seja cinderela, ou branca de neve, ou qualquer princesinha de conto de fadas, pára com isso! Não é assim que a banda toca! Não mesmo! Temos sim que esperar coisas boas, senão, qual o sentido de ir a um lugar que você espera ser uma droga? Mas temos que parar de criar idéias, simplesmente esperar curtir, do jeito que der, temos que ir preparadas para, como muitos dizem, esperar o melhor, estar prontas para o pior, e aceitar o que vier! E parar de ir nos lugares esperando encontrar alguém também ajuda.

Então, vamos aprender a nos disciplinar. Não ultrapassar os limites, mas também não podemos deixar de acreditar. Criar expectativas demais, pode trazer grandes decepções, pode nos desiludir, e como a autora lá de cima disse, pode sim trazer infelicidade. Mas com toda a reflexão que eu fiz, percebi que nós não sabemos, ou não usufruímos do real significado da expectativa, porque nós esperamos coisas além da conta. Espere os acontecimentos com base no que foi dito, nas possibilidades reais, e não no que simplesmente imagina. Afinal esperar coisas boas alimenta nossos sonhos, e as nossas crenças de que a felicidade está aí, bem pertinho da gente. O importante é acreditar e deixar tudo acontecer no seu devido tempo.

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